Savio Gama não foi tão somente o Emancipador de Volta Redonda. Como primeiro prefeito da Cidade do Aço estruturou a organização político-administrativa de nosso município. Graças ao seu dinamismo e espírito empreendedor, transformou uma pequena vila desorganizada e abandonada em um município pujante e moderno, edificando a infraestrutura organizacional do município que viria a representar emancipação da indústria do aço no Brasil.
Em seu segundo governo (1967/1971) ampliou as bases anteriormente lançadas em sua primeira administração, realizando uma obra da mais alta envergadura, que se transformou em exemplo de administração pública no Estado do Rio de Janeiro.
Foi durante esse período que Savio Gama encampou o ideal sonhado por um grupo de idealistas, abnegados volta-redondenses de coração, que tentavam dotar nossa região de uma faculdade de medicina.
Graças ao seu dinamismo e elevado senso de espírito público, criou a Fundação Oswaldo Aranha, cujos instituidores por ele apoiados, iniciaram a dignificante missão de estruturar a FOA, dotando-a dos requisitos necessários ao seu funcionamento, visando à criação e instalação de vários cursos superiores.
O ilustre médico e escritor Pedro Carlos Teixeira da Silva, em seu livro “A Universidade nasce na curva do Rio”, hoje em sua terceira edição, narra em cores vivas a luta desenvolvida por aquele grupo de homens, tentando atingir tal objetivo.
Imediatamente após a criação da Fundação Oswaldo Aranha, Savio Gama, como Prefeito de Volta Redonda e Instituidor da FOA, enviou mensagem à Câmara Municipal, logo aprovada, estabelecendo a alíquota de 2,5% do montante do orçamento do município para a FOA, verba extremamente necessária ao seu funcionamento. Deste modo, de maneira inequívoca, demonstrou o seu grande interesse em ver consolidada a obra que se propusera a realizar.
Desde o início de sua luta, sempre integralmente apoiado pelas forças vivas do recém criado município, tendo à frente o ínclito Deputado Paulo Monteiro Mendes, promoveu às expensas do município a desapropriação da parte remanescente da antiga Fazenda Três Poços, criando o campus universitário onde seriam instalados os futuros cursos superiores da FOA.
Durante toda a sua vida, quer como político, quer como cidadão, sempre se preocupou com a Instituição, dotando-a de todos os meios possíveis à sua sobrevivência e apoiando todas as iniciativas que beneficiassem a FOA.
Após alguns anos decorridos do lançamento da primeira edição do livro de Maria Cecilia Gama: “Savio Gama – fotos que contam a sua história”, como uma das testemunhas presenciais do seu imenso trabalho e da grandeza de sua atitude visando o futuro dos jovens de nossa região e por que não dizer – de todo o país –, hoje, como presidente da Fundação Oswaldo Aranha e do Centro Universitário de Volta Redonda, apoiado pelos Conselhos Curador e Diretor de nossa Instituição e todos os seus Participantes, decidimos homenagear Savio Gama, bem como a autora desse livro, sua filha Maria Cecilia Fontainha de Almeida Gama, editando a sua segunda edição, onde o amor filial se projeta de forma indelével na realidade vivida pelo inesquecível e eterno Emancipador de Volta Redonda.
Portanto, é de pura justiça esta homenagem de reconhecimento que prestamos a Savio Gama, relembrando a sua trajetória política e familiar.
Patrono, criador e consolidador da Fundação Oswaldo Aranha, reverenciamos o seu passado e o seu exemplo, juntamente com todos aqueles, que se dedicaram ao sonho quase impossível de construir a magnífica realidade que hoje é a FOA/UniFOA
Também esta segunda edição é dedicada a todos os que compõem ou compuseram o Quadro de Participantes Instituidores, Beneméritos e Institucionais, cujo apoio e incentivo nunca nos faltaram, tendo por único escopo a elevação e a grandeza da Fundação Oswaldo Aranha e do Centro Universitário de Volta Redonda.
Volta Redonda, 31 de maio de 2011.
Dauro Aragão
Presidente FOA/UniFOA
2a Edição